Paróquia de São Gabriel
Av. São Gabriel, 108 - Jardim Paulista
01435-000  São Paulo - SP
Telefone/Fax: (11) 3887-4839
Pároco: Cônego João Bosco Galvão de Camargo
Confira os horários da Paróquia

Anunciação

Padre Benedito Marcondes Pereira 
Falar sobre a Paróquia de São Gabriel Arcanjo implica em falar sobre o querido e inesquecível pároco, Padre Benedito Marcondes Pereira. Nascido no Natal de 1917, ele esteve conosco de 1949 a 1996, data de sua morte.  
Uma pessoa marcante: desde sua figura – um homem alto, bonito, de espírito combativo, pertinaz, enérgico e cuja inteligência e sabedoria se externavam em sermões claros, curtos e precisos. A palavra certa e oportuna era sempre fiel aos princípios básicos e ortodoxos de nossa doutrina. Da essência do apostolado assumido de Cristo, ele conduziu seus fiéis à prática constante da penitência e da eucaristia. “Comungue sempre”, recomendava. Se Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, nada mais lógico e natural do que estarmos sempre com Ele! 
Para isso, as duas práticas: confissão e comunhão freqüentes, abertas e acessíveis a todos.   
Com este ideal cristão e sua entrega total ao cumprimento desta meta, partiu ele para a construção de uma igreja na medida da grandeza de suas aspirações: uma Igreja enorme, onde coubessem muitos fiéis. Uma obra hercúlea para quem estivesse vivendo naquela época as dificuldades do bairro: predominantemente de judeus, segundo os registros do livro da paróquia, onde os poucos católicos, portuguêses do Itaim, haviam sido transferidos para a nova paróquia de Santa Teresa D’Ávila, recém fundada no local. O terreno, por si só não aparentava poder abrigar uma Igreja tão grande. Além disso, com a nova divisão da arquidiocese, a nova Igreja ficara localizada na divisa, em vez do centro, da área que lhe fora destinada. Aparentemente, longe dos bairros populosos. 
Os Jardins, naquela década de 40, haviam sido recém traçados. No mapa original da Paróquia, nem a Avenida 9 de Julho existia neste trecho: era apenas rua Cuba. As ruas circunvizinhas tinham nomes de flores: estávamos na Vila Primavera, um bairro nascido da chácara da família Cyrillo.   
Ainda na capelinha, ele próprio de cesto na mão, passou a coletar donativos para a nova Igreja, segundo relato de nossa paroquiana, Dna. Laurita Moura. De porta em porta, ele visitou os primeiros moradores do bairro. Pouco a pouco, cativou os que aqui residiam. As missas na capelinha eram lotadas, com muitas pessoas assistindo de pé, do lado de fora, pelas janelas. Depois, foi sendo construída, pouco a pouco, a grande Igreja. Primeiro ficou pronta a parte em que estão hoje os confessionários. Sem esmorecer, as obras materiais prosseguiram.  
Quanto às obras espirituais: a semente fora definitivamente plantada no coração paulistano. Mesmo morando em outro bairro, eu me lembro de freqüentar, em pelo menos metade de meus domingos, a Missa da Igreja de São Gabriel. Desde os tempos em que estava ainda em obras! Milagre! Padre Marcondes Pereira havia conseguido transmitir sua mensagem: 
“Comunguem sempre!” Qual era a Igreja que mais padres tinha para confissão e mais horários de Missa nos oferecia naquela época?  Assim como hoje, nossa querida Igreja de São Gabriel. Em comunhão estávamos e sempre estaremos aqui reunidos aos domingos.  
Tradição mantida, aqui é sempre possível se confessar, em qualquer dia, durante todas as Missas de Sábado e Domingo, que são, por sua vez, numerosíssimas quando comparadas com outras Igrejas da capital. Temos 3 horários de Missa aos Sábados e, aos Domingos, as Missas vão, de hora em hora, durante toda a manhã e, a partir das 17 hs. até às 20hs.   
Estar com Jesus sempre, é o que mais queremos todos nós. Participar da Santa Missa, ouvindo um sermão claro e conciso, sempre pertinente ao evangelho do dia, fiel à doutrina católica, sem distorções. Além disso, poder ter sempre ter acesso a um padre para uma confissão, um conselho ou uma benção. Esta receita nos deu nosso querido e inesquecível pároco!   
A Igreja ficou pronta e acolhe mais de 7000 fiéis, todos os fins de semana. Por isso, deixo aqui minha homenagem a este grande amigo que tivemos conosco e que hoje, deve estar zelando por nós, na glória de Deus Pai.  
Maria Sylvia Ribeiro Campos